2 em cada 10 pais de alunos não conseguiram pagar mensalidade de abril das escolas particulares em SP, diz sindicato.
Segundo sindicato dos colégios particulares, alguns pais perderam emprego ou tiveram redução de salários durante pandemia.
Por Alexandre Oliveira, SP1 e G1 SP — São Paulo
O sindicato dos colégios particulares de São Paulo informa que dois em cada dez pais não conseguiram pagar a mensalidade de abril na capital.
Muitos desses pais perderam o emprego ou sofreram redução nos salários durante a quarentena.
As decisões que o Procon, fundação de Proteção e Defesa do Consumir, tomou depois de se reunir com os representantes dos colégios foi a seguinte:
- a escola deve suspender as cobranças de qualquer valor complementar, como alimentação, cursos extras, passeios.
- se já cobrou na mensalidade de abril ou maio, tem que descontar nas próximas.
- também deve negociar alternativas de pagamento, como desconto na mensalidade ou maior número de parcelas.
- e deve oferecer pelo menos um canal de atendimento para as questões financeiras.
- esse atendimento não pode demorar mais que uma semana.
- e as escolas devem oferecer planos de reposição de aulas para os alunos que não tiverem condições de acompanhar os cursos on-line.
O Procon ainda recomenda, neste momento, equilíbrio e transparência nas negociações, tanto por parte das escolas quanto dos pais.
Os donos de colégios particulares alegam que o impacto tem sido maior nas contas das creches e escolas infantis.
Pais de alunos
Amanda Massari e o marido têm três filhos matriculados em escolas particulares. Com as aulas suspensas por causa da quarentena, as crianças estão tendo aulas online.
“Eles iniciam por volta das 9h e vai até 20h30, 21h, então é bastante tempo. Até os finais de semana", disse Amanda.
Ela conseguiu com o colégio um desconto nas mensalidades dos filhos. "A escola ofertou um desconto de 10%", disse a mãe.
Dono de escola
Em contrapartida, o sindicato que representa as escolas particulares alega que algumas escolas infantis chegaram a perder 70% dos alunos.
E os custos trabalhistas mais os impostos chegam a consumir 75% da receita dos colégios.
“As nossas despesas e custos estão mais ou menos estáveis. Isso está complicando um pouco”, disse Ricardo Florência, dono de escola particular. “Tivemos de implantar uma estrutura de ensino à distância. Então a gente está trabalhando mais do que antes”.
fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/