ASPECTOS CENTRAIS DA EVOLUÇÃO PSICOGENÉTICA DA LÍNGUA ESCRITA
ASPECTOS CENTRAIS DA EVOLUÇÃO PSICOGENÉTICA DA LÍNGUA ESCRITA
Na linha da evolução psicogenética, identificam-se três grandes períodos distintos entre si, dentro dos quais cabem múltiplas subdivisões:
- Primeiro período: Caracteriza-se pela distinção entre o modo de representação icônico e não icônico.
- Segundo período: Ocorre a construção de formas de diferenciação, o aprendiz busca exercer um controle progressivo das variações sobre os eixos qualitativo e quantitativo.
- Terceiro período: Marcado pela fonetização da escrita, que se inicia com um período silábico e culmina em um período alfabético.
(A criança de seis anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de 9 anos, MEC, p.48)
Emília Ferreiro :
1. Nível pré-silábico: neste nível, a criança não estabelece relações entre a escrita e a pronúncia. Nesta fase, ela expressa sua escrita através de desenhos, rabiscos e letras usadas aleatoriamente, sem repetição e com o critério de no mínimo três. Aqui, a criança nem desconfia que as letras possam ter qualquer relação com os sons da fala. Ela só sabe que se escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a linguagem oral.
2. Nível silábico: a criança descobre a lógica da escrita, percebendo a correspondência entre a representação escrita das palavras e as propriedades sonoras das letras, mas pensa que cada letra representa é uma sílaba oral, ou seja, usa ao escrever uma letra para cada emissão sonora (cada sílaba).
3. Nível alfabético: caracteriza-se pela correspondência entre fonemas e grafemas, quando a criança compreende a organização e o funcionamento da escrita e começa a perceber que cada emissão sonora (sílaba) pode ser representada, na escrita, por uma ou mais letras. A base alfabética da escrita se constrói a partir do conflito criado pela impossibilidade de ler silabicamente a escrita padrão (sobram letras) e de ler a escrita silábica (faltam letras).
Fonte: Revista Nova Escola
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