Segundo Apeoesp, apenas 5% dos alunos retornaram às aulas presenciais nesta segunda
Para presidenta da entidade, isso indica uma forte adesão das famílias à greve
Segundo levantamento realizado pela Apeoesp, apenas 5% dos alunos da rede pública estadual de SP retornaram às aulas presenciais nesta segunda (8). Para a presidenta do sindicato e deputada estadual, Professora Bebel, isso indica uma forte adesão das famílias à greve sanitária decretada pelos professores.
"Hoje o comparecimento dos alunos foi baixíssimo, isso porque as famílias sabem dos riscos que existem nas escolas da rede estadual. Ninguém quer mandar o seu filho para um local onde há álcool gel vencido, ambientes sem ventilação, banheiros quebrados. Mesmo com um número pequeno de alunos, houve aglomeração nas portas das escolas, o que mostra o despreparo para esse retorno", afirma Bebel.
A presidenta do sindicato ainda destaca o forte apoio que a categoria vem recebendo nas redes sociais. "Nosso monitoramento mostra que mais de 40% dos usuários se manifestaram em defesa dos professores, relatando as condições precárias de diversas unidades escolares e, muitas vezes, com o mote ´prefiro que meu filho perca um ano de escola do que a vida´".
A Apeoesp também atualizou nesta segunda o número de casos de professores e funcionários que testaram positivo para Covid-19 em escolas que já haviam realizado alguma atividade presencial: 209 casos em 97 escolas (lista das escolas em anexo).
Os professores da rede pública estadual de SP seguem em greve sanitária, realizando o trabalho remoto. Nesta segunda, houve adesão de cerca de 15% dos professores à greve. Na próxima quarta (10), a categoria realiza uma assembleia popular on-line. "Temos carros de som por todo o Estado, campanha de esclarecimento nas redes sociais, rádios e TV, carreata, manifestações regionais. Além disso, iremos às câmaras municipais, conversaremos com prefeitos e realizaremos encontro com professores, pais, mães, estudantes e funcionários, entre outras ações. Não vamos ceder ao assédio moral e às pressões, típicos deste governo", conclui a Professora Bebel.
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