Variações Linguísticas
Variações linguísticas
1. (ENEM)
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo pra xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.
Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar
Vai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que tou aqui com alegria.
(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 mai 2013)
A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é
a) “Isso é um desaforo”
b) “Diz que eu tou aqui com alegria”
c) “Vou mostrar pr’esses cabras”
d) “Vai, chama Maria, chama Luzia”
e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita”
2. (ENEM)
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não!
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.
(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber
a) descartar as marcas de informalidade do texto.
b) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.
c) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.
d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.
e) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.
Frank e Ernst – Bob Thaves. O Estado de S. Paulo. 22.08.2017.
3) O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da
a) semelhança entre a língua de origem e a local.
b) falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico.
c) falta de habilidade da personagem em operar o localizador geográfico.
d) discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local.
e) incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as personagens se encontram.
Gabarito
1. C 2. D 3.D
Exercícios sobre Variações Linguísticas
Questão 01 – Leia o fragmento do texto “Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade:
Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
Com base nos estudos de variantes linguísticas, compreende-se que a variante apresentada no fragmento é a:
a) geografia. b) histórica. c) estilística. d) social. e) geográfica e a social.
Questão 2 – (Enem/2005) Leia com atenção o texto a seguir.
[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) (Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto:
a) ao vocabulário. b) à derivação. c) à pronúncia.
) ao gênero. e) à sintaxe.
Questão 3 – Leia e analise o poema a seguir.
Depois use V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s)
e F para a(s) falsa(s).
Manuel Bandeira escreve:
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Por que ele é fala gostoso o português do Brasil.
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada.
a) ( ) Nos versos 6, 7 e 8, Bandeira critica e denuncia o desapreço às formas populares de expressão.
b) ( ) Língua certa do povo e A sintaxe lusíada representam no poema os níveis de fala, ou seja, os modos variados de um indivíduo usar a língua, de acordo com o meio sociocultural em que ele vive.
c) ( ) Os versos 1 e 2 buscam retratar a forma como o falante adquire a linguagem culta; primeiramente por meio do contato com as pessoas próximas e depois a aprimorando com a leitura de jornais e livros.
d) ( ) O verso 8 estabelece uma relação com a língua portuguesa falada em Portugal.
e) ( ) O gostoso português do Brasil, no texto, faz uma referência à língua padrão usada hoje pelos brasileiros.
Questão 4 – Sabe-se que no Rio Grande do Sul os guris brincam com pandorga, em São Paulo as crianças brincam com papagaios e no Paraná os piás brincam com pipas ou raias. Com base no estudo de variantes lingüísticas, podemos dizer que, na frase anterior, temos a presença da variante linguística:
a) histórica. b) social. c) regional. d) social e histórica. e) sociocultural.
Questão 5 – (Enem/2009)


A linguagem da tirinha revela:
a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.
b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.
c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho.
d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência.
e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.
Comentários
Postar um comentário