Poesia Imparcialista

 O vazio de um segredo 

Escondi você no meu quarto escuro,
na penumbra daquela mesa no canto do bar,
te escondi dos amigos,
nunca falei de você na família,
nunca te levei um presente,
nunca te revelei um sorriso,
não pude levantar meu olhos para te olhar,
permaneci de cabeça abaixada
na sua presença que me tirou a respiração.

Não te escrevi um carta de amor,
não te deixei esperando,
não perdi a hora,
sempre foi esse medo dominando tudo.

Esse amor sem público me sufoca,
eu queria cantar o seu amor,
me sujeitaria até aquela breguice 
das serenatas ao som do violão,
talvez você risse de tudo isso, 
tudo para arrancar esse amor que sufoca,
esse segredo que deixa um vazio
e uma enorme insatisfação
por não poder dizer ao mundo o que todo mundo diz
de modo superficial e clichê.

O que está em segredo aprisiona e sufoca,
o que não é manifestado no mundo,
o que não tem público 
devora a gente de dentro para fora.

Saio para correr nas ruas desertas ... 
e deixo essa prisão,
esse tem sido minha terapia.

José Nunes Pereira

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