Assombração nas máquinas - Literatura Imparcialista
Uma máquina sem moral e sem ética
Na beira da estrada um robô desceu de seu carro,
veio até o balcão do bar.
Pelo visto ele queria aprender
o que é tomar uma cerveja em um velho bar de prostitutas.
Meu amigo, um caminhoneiro desempregado por causa de um robô motorista,
ficou furioso quando aquele robô desaforado que veio até ao balcão.
Ele disse aos berros:
_ Esse pedaço de lata agora quer nossa cerveja e nossas mulheres!.
O ex caminhoneiro pegou um taco de snooker,
e acertou a cabeça programada do robô motorista,
foi tão forte que o robô caiu dando curto circuito.
O robô não estava programado para uma briga de bar.
Meu amigo dizia:
_ Vagabundo, robô desgraçado, esse infeliz só produz e não consome,
eu transportava bebidas e bebo, eu produzia e consumia,
essa lata só produz e não come, não faz circular mercadoria!
É uma puta burrice trocar uma pessoa por isso!
Não demorou muito para a polícia chegar ao bar.
A polícia foi muito bem equipada. Era um exército de Robocops.
Quanto um robô é atacado ele envia a localidade do ataque e a foto do meliante.
Meu amigo, foi arrastado para fora pelo robôs policiais,
foi jogado no fundo do carro, igual fazia a polícia na ditadura militar.
Passado o tumulto todos voltaram para as suas cervejas.
Contei aquela piada proibida sobre os robôs,
esqueci que os sensores e os monitores estão em toda parte,
Vou sair sorrateiro, com sorte os Robocops não me encontram.
Fui para a rua lembrando do tempo que o homem tinha Deus
para se colocar abaixo de suas mãos misericordiosas.
Essas máquinas não possuem conceitos de pecado, céu, inferno, Karma e darma.
Falam que essas máquinas aprenderão a moral e a ética,
mentira! Essas máquinas não têm escrúpulos de moral ou ética!
Os humanos estão abaixo delas, e elas não possuem um Deus
para puni -las com o castigo pelos seus pecados e com inferno.
Moral e ética não freia nem seres humanos quem dirá frear uma máquina sem Deus.
Os robocops me esperam lá na esquina,
olho para trás e vejo que eles fecharam todas as saídas.
Tenho na minha bolsa a filocalia e no coração a Oração do Senhor.
J.Nunes
As velhas casas de fazendas
de minha infância eram assombradas.
Nas noites, pouco ou nada iluminadas,
Se escutava o bater das asas
e o canto das corujas
e de outros pássaros e criaturas de mau agouro,
e o terror das noites de lua cheia.
As casas continuam assombradas,
agora, as máquinas e as inteligências artificiais
serão assombradas por forças malignas
invisíveis aos olhos dos homens.
A consciência do mal manipulará as máquinas,
que serão criaturas assombradas e possuídas,
e os homens dirão que as máquinas
se rebelaram contra a humanidade.
J.Nunes
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