Governo de SP firma acordo entre Rede Lucy Montoro e startup francesa para pesquisa com exoesqueleto robótico


Pacientes com paraplegia poderão se movimentar com auxílio de robô acoplado ao corpo; equipamento oferece mais controle de equilíbrio e permite ações como andar e subir degraus


O Governo de São Paulo autorizou nesta segunda-feira (22), na Capital, um acordo de colaboração entre a Rede Lucy Montoro, a startup francesa Wandercraft e o Centro Paralímpico Brasileiro para pesquisa científica e tecnológica com exoesqueletos robóticos em apoio à reabilitação de pacientes com paraplegia. O governador Tarcísio de Freitas deu aval à parceria na celebração de 15 anos de funcionamento de um dos maiores sistemas públicos do país para reabilitar pacientes com deficiências físicas e motoras.

"São pesquisas e iniciativas que vão trazer a qualidade de vida de volta para muitas pessoas. Imagine, a pessoa vai vir para cá para ter a experiência de caminhar novamente. Ela estará trabalhando o corpo que vai começar a funcionar melhor, trabalhando o cérebro e a autoestima. Ela vai sair daqui uma pessoa diferente, em um ambiente onde ela está sendo acolhida. E isso não tem preço", afirmou o governador.

"O Governo de São Paulo vai investir o que for preciso para trazer essa experiência para mais pessoas e levar a Rede Lucy Montoro mais longe, nós temos uma grande responsabilidade e ciente dos nossos desafios", reforçou Tarcísio.

A solenidade contou com a participação dos secretários estaduais Eleuses Paiva (Saúde), Marcos da Costa (Direitos das Pessoas Com Deficiência) e Gilberto Kassab (Governo e Relações Institucionais), do secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Henguel Ricardo Pereira, da senadora Mara Gabrilli, do ex-governador José Serra, da presidente do conselho diretor do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da USP, Linamara Rizzo Battistella, e do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, além de autoridades estaduais e municipais, parlamentares e representantes da comunidade médica e da sociedade civil.

A parceria vai permitir o desenvolvimento de estudos e avaliações do uso de exoesqueletos para auxiliar a movimentação de pacientes em reabilitação. O equipamento conta com um sistema que controla o centro de gravidade do usuário para oferecer mais equilíbrio e pode ser programado de acordo com objetivos como sentar, levantar, andar de frente, de costas e de lado, além de subir e descer degraus.

Outra novidade é a assinatura do termo de cooperação com o InovaHC e as empresas Atos Brasil e Quantics4All para o desenvolvimento de biomarcadores cerebrais baseados em computação quântica. O biomarcador é um indicador biológico mensurável que permite diagnosticar e quantificar a sensibilização em pacientes com dor crônica, permitindo que o tratamento seja mais preciso e eficiente.

Os computadores quânticos permitem avaliar e sobrepor propriedades de dois ou mais sinais biológicos distintos, identificando alterações de comportamento da fisiologia de cada paciente. A análise integrada de dados para além dos biomarcadores corrobora com o esforço de compreender o mecanismo da sensibilização central da dor, que é um dos grandes desafios atuais neste segmento médico.

A celebração dos 15 anos da Rede Lucy Montoro contou ainda com o lançamento do programa "Walking Club: Longevidade e Funcionalidade", para o desenvolvimento de espaços dedicados à manutenção das condições funcionais dos pacientes com lesão medular.


Referência em saúde
O Instituto de Medicina Física e Reabilitação Lucy Montoro da Vila Mariana, na capital, é referência em atendimento a pessoas com deficiência e doenças incapacitantes. A unidade também conta com o primeiro laboratório de robótica e neuromodulação aplicados à reabilitação do Brasil.

Criada em 2008 pelo Governo de São Paulo, a rede promove mais de 100 mil atendimentos mensais nas 20 unidades em funcionamento na Grande São Paulo, interior e litoral. O serviço oferece reabilitação a pessoas com deficiência ou doenças potencialmente incapacitantes com apoio de médicos fisiatras, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e assistentes sociais.

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