Poema Cárcere das almas CRUZ E SOUSA (ENEM/2009)
QUESTÃO 01 (CEFET-PA) - Leia os versos:
Esta, de áureos relevos, trabalhadaDe divas mãos, brilhantes copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia.
Então e, ora repleta ora esvaziada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Todas de roxas pétalas colmada.
(Alberto de Oliveira)
1) Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:
(A) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo;
(B) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso;
(C) revalorização das ideias iluministas e descrição do passado.
(D) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga.
(E) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.
(ENEM/2009) – Leia o texto a seguir.
Cárcere das almas
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
Fonte: CRUZ E SOUSA, J.
Poesia completa. Florianópolis: Fundação
Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.
2) Os elementos formais e temáticos relacionados ao
contexto cultural do Simbolismo encontrados no
poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são
(A) a opção pela abordagem, em linguagem simples
e direta, de temas filosóficos.
(B) a prevalência do lirismo amoroso e intimista em
relação à temática nacionalista.
(C) o refinamento estético da forma poética e o
tratamento metafísico de temas universais.
(D) a evidente preocupação do eu lírico com a
realidade social expressa em imagens poéticas
inovadoras.
(E) a liberdade formal da estrutura poética que
dispensa a rima e a métrica tradicionais em favor de
temas do cotidiano.
Leia o texto a seguir.
Não quero o Zeus Capitolino
Hercúleo e belo,
Talhar no mármore divino
Com o camartelo.
Que outro – não eu! – a pedra corte
Para, brutal,
Erguer de Atene o altivo porte
Descomunal.
Mais que esse vulto extraordinário,
Que assombra a vista,
Seduz-me um leve relicário
De fino artista.
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor. (...)”
Fonte: Fragmento do poema Profissão de fé, de Olavo Bilac.
3) O fragmento do poema Profissão de fé, de Olavo
Bilac, apresenta características que são facilmente
associadas ao:
(A) Romantismo.
(B) Arcadismo.
(C) Realismo.
(D) Concretismo.
(E) Parnasianismo.
GABARITO: 1 D - 2C - 3- E
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