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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Centro Paula Souza passa a integrar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação

 


Objetivo é facilitar a troca de conhecimento e de experiências científicas do CPS com universidades e institutos de pesquisa

Qui, 19/01/2023 - 9h03 | Do Portal do Governo

O Centro Paula Souza (CPS), referência em ensino técnico e superior tecnológico com as escolas técnicas e faculdades de tecnologia, reconhecido como Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), será vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Até então, o CPS tinha suas atribuições atreladas à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial do Estado. Com a mudança, a instituição volta a ficar ao lado das universidades estaduais, como em gestões anteriores.

Com a criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação pelo Governo do Estado, órgãos relacionados à pesquisa acadêmica, como as universidades estaduais, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), por exemplo, também passaram para a nova pasta.

O objetivo da alteração é aumentar a sinergia entre as instituições de ensino e institutos de pesquisa e facilitar a troca de conhecimento e de experiências científicas.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Barueri (SP) aposta em qualificação tecnológica de professores

 Barueri (SP) aposta em qualificação tecnológica de professores e alunos e se torna exemplo de educação pública do futuro no Brasil

Programa conduzido desde 2018 rendeu à cidade na Grande São Paulo a certificação como primeira rede de referência do Google for Education no país;

Tecnologia, aliada à metodologia voltada para a transformação digital, torna o aluno mais engajado nas aulas e as famílias mais satisfeitas com o resultado na escola

Alunos, pais e professores de escolas públicas estão vivendo um momento de grande transformação na educação.
A inclusão digital e a adoção do ensino híbrido - em que se combinam aulas remotas, presenciais, síncronas e assíncronas, com o uso de vários recursos - ganharam força e se tornaram uma necessidade ainda maior com a pandemia.

Cidades que já estavam investindo na preparação de professores para esse modelo que têm a tecnologia como aliada no aprendizado estão colhendo agora os frutos e saindo na frente nessa evolução.

Barueri, na Grande São Paulo, município de 266 mil habitantes, é um exemplo bem-sucedido dessa mudança de mentalidade na educação. Desde 2018, a secretaria de educação do município está preparando os professores da rede pública e fazendo um trabalho contínuo com eles em parceria da empresa Colaborativa, especialista em transformação digital na educação, que também participa de programas do gênero em outras cidades do país.

O programa envolve 108 escolas da cidade e, entre medidas adotadas no município desde de 2018, estão a iniciativa de preparar e formar alunos-tutores Google e a capacitação contínua de 2815 professores para a utilização dos recursos do Google for Education a aliadas a metodologias inovativas indicadas para ministrar conteúdo de aulas no formato do ensino híbrido. No total, 66 mil alunos são beneficiados com o programa.

Um dos resultados desse profundo trabalho resultou em uma importante e inédita certificação no Brasil: Barueri acaba de se tornar a primeira cidade do país a ter uma rede de ensino com o selo de referência do Google for Education. Para conseguir esse reconhecimento, as escolas precisam atingir metas estabelecidas pelo próprio Google em suas iniciativas pedagógicas. O gigante da tecnologia incentiva e reconhece essa distinção em escolas do mundo todo.

Assim, pode-se dizer que Barueri faz história e se torna uma referência mundial em ensino, além de ser um exemplo inspirador para escolas públicas no Brasil.

Entre as medidas adotadas em Barueri nos últimos anos estão a iniciativa de preparar alunos-tutores e o treinamento de 2815 professores com as ferramentas indicadas para ministrar conteúdo de aulas no formato do ensino híbrido. No total, 66 mil alunos são beneficiados com o programa.

A tecnologia já faz parte do dia a dia dos professores de Barueri. Milhares de alunos são impactados diretamente com conteúdos pedagógicos e aulas que são preparados por professores qualificados que contribuem para o aprendizado significativo e para o desenvolvimento de competências e habilidades do século XXI. A tecnologia, aliada à metodologia pedagógica encurtam distância e promovem o aprendizado.
Inicialmente, sete escolas públicas de Barueri foram reconhecidas pelo Google, mas o projeto continua, com a intenção de certificar novas unidades.

A certificação do Google for Education é também de extrema relevância para os professores, que ganham assim um reconhecimento internacional.


Foto: Secretaria Municipal de Educação de Barueri
Foto: Secretaria Municipal de Educação de Barueri
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Manu Vergamini | manu@agenciaemfoco.com.br | 11 9 8772-1162

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Educação, tecnologia e Base Nacional Comum Curricular

 Educação, tecnologia e Base Nacional Comum Curricular foram destaques

na primeira edição do evento "YourAccess To The Future"

Foi realizado no último sábado, dia 5 de junho, a primeira edição do evento YourAccess to the Future, com foco no tema Educação. Promovido pela startup YourAccess, o encontro teve como objetivo compartilhar visões e soluções, além de debater os rumos da educação no Brasil, incluindo temas como integração com a tecnologia, a inserção cada vez maior do inglês e de outras línguas e a formulação do novo Ensino Médio a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Direto do estúdio da YourAccess foram realizadas as palestras de Bruna Tadross, CEO e fundadora da startup, e de Camila Achutti, CEO e fundadora da Mastertech, presidente da SOMAS, professora no Insper e colunista da Época Negócios. Bruna destacou a importância de transpor o ensino de inglês para um currículo bilíngue interdisciplina e de se formar jovens como sujeitos críticos, criativos e autônomos. "Criou-se a necessidade de pensarmos em soluções digitais capazes de proporcionar experiências coerentes com as áreas do conhecimento da BNCC para o novo Ensino Médio, visando praticar a cultura da colaboração de maneira bilíngue", observou, acrescentando que é preciso construir narrativas que promovam ações para intensificar a conexão entre estudantes, professores e especialistas para expandir esforços individuais "e nos levar à cultura da colaboração, para o desenvolvimento da sociedade".

Por sua vez, Camila abordou o Pensamento Computacional, termo que passou a ter relevância maior nos últimos anos, depois que passou a integrar a BNCC. Em sua fala, a executiva enfatizou as novas possibilidades que surgem a partir do conceito, que, como ela definiu, é "repertório para abstração, resolução de problemas e entendimento da sociedade escalável e digital". As duas CEOs conversaram após as palestras e ainda responderam, juntas, a perguntas feitas pelo público.

O evento contou com outras três palestras, realizadas por conferência online. Antonieta Megale, coordenadora do curso de pós-graduação em Educação Bilíngue e da extensão do Instituto Singularidades e membro do grupo de estudos de Educação Bi/multilíngue (GEEB) da PUC-SP, abordou, entre outros temas, o mito em torno do "falante nativo", profissional tido por muitos como fundamental no ensino de idiomas adicionais - conceito que fragiliza os educadores brasileiros. Já Ana Paula Piti, pedagoga, gestora educacional e especialista em implementação de projetos de transformação digital, comentou, em sua palestra, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos na Agenda 2030 da ONU e que fazem cada vez mais parte do vocabulário de gestores, professores e alunos. A palestra de Ana ainda contou com a participação de duas convidadas, que falaram sobre o Coletivo Feminista Estudantil da EMEF Sebastião Francisco, vencedor do 3º Prêmio Territórios.

Completando o YourAccess To The Future, Kátia Stocco Smole, doutora e mestre em educação, presidente da Câmara de Educação Básica do CEESP e membro do Movimento pela Base, fez uma palestra que tratou de possibilidades e desafios no Novo Ensino Médio. Segundo Kátia, nele, é fundamental o desenvolvimento de um projeto de vida para o estudante, em que os jovens desenvolvam respeito, cooperação e habilidades relacionadas à compreensão do mundo e deles mesmos, além de poderem refletir sobre escolhas, como as que farão na vida adulta.

Bastante ativa no YouTube e no Instagram durante as três horas e meia de evento, a vasta e qualificada audiência, composta, em grande parte, por educadores de todo o Brasil, ao final do encontro participou de sorteios de livros e kits e recebeu gratuitamente um e-book com textos assinados pelas cinco participantes. Para conferir, na íntegra, como foi a primeira edição do YourAccess To The Future, acesse https://www.youtube.com/watch?v=BqvFteBJOjQ. A gravação ficará disponível no YouTube até o dia 30 de junho, juntamente com o link para emissão do certificado, que está na descrição do vídeo.

Alguns dos comentários feitos pelo público, no chat do YouTube, durante o evento:



 


 


Sobre a YourAccess - A YourAccess é uma startup de educação que está lançando a plataforma YourAccess, uma plataforma de conteúdos para estudantes praticarem inglês enquanto aprendem algo novo como música, ciências, escrita, yoga, diversidade no ambiente de trabalho, economia, entre outras. Todos os seus cursos têm o compromisso de integrar os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) ao conteúdo abordado. A plataforma possibilita a interação entre estudantes e professores visando o compartilhamento de soluções criativas para problemas reais, exercitando a cultura da colaboração para a busca de um mundo melhor. https://youraccess.online


Contatos para a imprensa - CDI Comunicação
Marcio Teixeira

quarta-feira, 12 de maio de 2021

CESAR School abre inscrições para o novo NEXT

 CESAR School abre inscrições para o novo NEXT

Programa batizado de Nova Experiência de Trabalho foi reformulado para ajudar profissionais em transição de carreira e conectá-los às vagas de tecnologia das empresas
O que nasceu como proposta de atualização, acabou se tornando um meio para ajudar as pessoas na transição de carreira por conta da demanda crescente da área tecnológica, define Felipe Ferraz, coordenador do programa batizado Nova Experiência de Trabalho, o NEXT, criado pela escola de inovação CESAR School, de Recife (PE), e que abriu inscrições para a edição deste ano. "O programa acompanha a evolução do mercado de trabalho e do ecossistema de inovação, que não consegue preencher as vagas por falta de mão de obra qualificada", diz.

Independentemente da experiência anterior, interessados em ingressar nos diversos segmentos das TICs podem participar. As inscrições vão de 12 de maio a 23 de junho. Na primeira etapa preparatória e seletiva os candidatos serão capacitados com noções de programação básica e lógica. Após esse treinamento serão avaliadas as competências aprendidas durante o treinamento, para selecionar 50 participantes que irão para a próxima fase.

Para garantir uma vaga na primeira etapa, a CESAR School cobra apenas um valor simbólico de R$45,00 para inscrição. "Profissionais de tecnologia são cada vez mais requisitados para atuar no mercado global. Somente no Porto Digital há algo em torno de 7 mil vagas abertas e pretendemos fazer do NEXT uma ponte que conecta a oferta adequada à demanda específica das empresas", avalia Ferraz.

Nesse caminho, a CESAR School também firmou uma parceria com a Provi, fintech que facilita o acesso ao crédito para quem quer fazer algum curso que ajude a deslanchar a carreira. O NEXT entra nessa seara e, uma vez aprovado o financiamento, a instituição paga o valor integral do curso e o estudante assume o parcelamento da dívida somente após sua recolocação no mercado de trabalho.

O NEXT está conectado ao Porto Digital de Recife, ecossistema de empreendedorismo e inovação que promove o desenvolvimento de empresas na nova economia no Nordeste, sendo considerado um dos maiores pólos de tecnologia do país. Além da imersão nos conteúdos propostos, os alunos terão a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos na prática. Sob mentoria de profissionais do CESAR poderão contribuir com projetos reais durante 2 semanas. As aulas agora são cem por cento remotas e ao vivo. O curso tem 172 horas aulas, divididas em quatro etapas.

Para Lucas Galvão, ex-aluno da edição de 2019 e formado em Engenharia da Produção, o NEXT mudou a sua carreira por completo. "Hoje, dois anos depois do curso, eu vejo o quanto foi importante como porta de entrada na área. Participar do programa quebrou a minha inércia e despertou a minha vontade de aprender mais. Hoje já faço uma pós-graduação e tento sempre me atualizar na área. Se posso deixar algo para quem vai fazer o NEXT este ano, é que se você quer mudar de área, se dedique por completo e aproveite ao máximo a oportunidade para abrir novos caminhos".
Informações: http://www.cesar.school/next-nova-experiencia-de-trabalho/



Compliance Comunicação - Assessoria de Imprensa
www.compliancecomunicacao.com.br

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Pesquisa mostra que professores não detém capacitação para lidar com o ambiente de aulas virtuais

 A pandemia alterou, de forma expressiva, a atividade dos professores no Brasil. Pesquisa mostra que eles não detém capacitação para lidar com o ambiente de aulas virtuais imposto pela pandemia. 


Professores brasileiros devem ser prioridade dos governos 
estaduais, alerta especialista

De acordo com pesquisa do Instituto Crescer, 57% dos professores brasileiros se sentem frustrados com a pouca estrutura para ensino remoto no país. 46% dos educadores não sabem avaliar se os alunos estão realmente aprendendo com as aulas online. Especialista em educação e tecnologia avalia cenário e acredita que governos deveriam priorizar formação de professores.

No Brasil, cerca de 42% dos professores afirmam que ainda não receberam nenhum tipo de formação para o uso de tecnologias digitais na preparação de aulas. Nove em cada 10 professores da rede pública de ensino não tinham nenhuma experiência anterior ministrando aulas não presenciais. Os dados são da pesquisa "Trabalho Docente em Tempos de Pandemia", realizada Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG em parceria com a CNTE. Um cenário considerado preocupante pelo especialista em educação e tecnologia, Alfredo Freitas.

Freitas, que dirige a Ambra University - Universidade na Flórida, Estados Unidos, e que há mais de 10 anos aplica ensino via internet, acredita que sem o investimento na capacitação de professores para uso das tecnologias de educação, o futuro do ensino no Brasil estará ameaçado. Para ele, os governos e prefeituras brasileiros precisam descobrir, livre de preconceitos, as vantagens do ensino via internet.

"Infelizmente, ainda há muito preconceito no Brasil com relação ao ensino via internet. Temos que avançar na perda desse senso comum e caminhar avante, junto com outros países, para investir cada vez mais em tecnologia e remodelar o sistema de educação. Nos EUA, por exemplo, o ensino superior já tendia, antes da pandemia, a um perfil mais remoto que presencial. Dados recentes mostraram que 6,6 milhões de estudantes estão matriculados em alguma modalidade de ensino online no país. É uma tendência inevitável", afirma o especialista Alfredo Freitas.

Os dados que se refere Alfredo são da Organização americana Education Data Organization e confirmam a tendência americana por uma educação remota. No Brasil, para Alfredo Freitas, o papel do professor ganhará nova roupagem nos próximos anos. "O perfil da educação vai mudar. Sairemos de uma realidade presencial e local para uma realidade virtual e global. Ou seja, um estudante do interior do Pernambuco pode estudar numa universidade da Inglaterra, assim como um estudante de Florianópolis pode se formar numa universidade americana. Não há fronteiras no ensino do futuro", avalia o diretor da Ambra University.

Desafios de Conexão

Além da questão pedagógica um dos maiores desafios no Brasil é a questão do acesso à internet. Cerca de seis milhões de estudantes, desde a pré-escola até a pós-graduação, não têm acesso à internet banda larga ou 3G/4G em casa. Essa parcela significativa estaria excluída do ensino remoto. Desses, 5,8 milhões são alunos de instituições públicas de ensino. É o que revela o estudo "Acesso Domiciliar à Internet e Ensino Remoto Durante a Pandemia", feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Para o especialista em educação e tecnologia Alfredo Freitas, o novo desafio, inclusive para a nova gestão dos prefeitos eleitos este ano, é pensar como manter a qualidade do ensino e recuperar a perda de conteúdo dos estudantes nos municípios brasileiros. Para ele, os gestores públicos mais ousados alcançarão melhores resultados.
"Os governadores e prefeitos que não quiserem amargar ao fim de seus novos mandatos números arrasadores na educação de seus estados e municípios, devem agir e rápido para investir na capacitação de professores e na educação tecnológica. Assistiremos, todos, nos próximos quatro anos, quem venceu o desafio e quem não. Não há como fugir desse cenário", afirma Freitas.

Luz no fim do túnel

Para buscar uma solução imediata a falta de acesso de estudantes à internet no Brasil, o Congresso Nacional brasileiro aprovou, no último mês, um Projeto de lei para garantir internet em todas as escolas na rede pública no Brasil até 2024. O projeto que depende ainda da sanção do Presidente, determina que 18% do fundo de universalização de telecomunicações seja destinado às escolas até 2024 - assegurando um investimento de R$ 6bi para instalação de internet banda larga nas escolas brasileiras.

Um movimento que, se aprovado pela Presidência, enviará recursos totalmente necessário para conectividade das escolas brasileiras. Para Alfredo Freitas, a medida pode ser uma luz no fim do túnel para a educação brasileira. Ele acredita que o modelo inspirado em comunidades digitais, aplicado pela Universidade americana que dirige, poderia auxiliar gestores da educação no Brasil a compreender o cenário.

"Estamos sempre atentos e abertos para compartilhar nossa experiência em educação via internet para o Brasil", afirma Alfredo. Um dos professores da Ambra University, Geornor Franco Neto, confirma que o ambiente digital deve ser inclusive para professores e alunos para ser útil e favorável ao ensino de verdade. "Posso dizer, sem sobra de dúvidas: mesmo de longe, o espírito de comunidade aproxima professor e alunos. O ensino acontece e é eficaz", afirma o professor.
>*Alfredo Freitas é pós-graduado em 'Project Management' pela Sheridan College no Canadá, graduado em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela Universidade de Brasília. O renomado profissional tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education (Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com histórico de revalidação de diplomas no Brasil.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A Educação e a tecnologia em 2021

 



Graduação e Internet: Especialista em Educação e Tecnologia apresenta expectativas para 2021


Onevox: Alfredo você acredita que o endurecimento de normas imigratórias nos EUA vai fomentar o estudo via internet?



Alfredo Freitas: Hoje, está inviável ingressar presencialmente em universidades dos EUA devido às restrições para ingresso no país devido à pandemia. Para driblar esse cenário menos favorável ao estudo presencial, universidades e estudantes estão inovando e experimentando o contato via internet. Acredito que o declínio de estudantes internacionais presencialmente nos EUA deverá seguir por alguns anos exceto se o Governo criar algum tipo de incentivo que beneficie a pessoa que esteja fisicamente no país. Hoje, não temos nenhum indício de algo que vá explicitamente beneficiar apenas os estudantes que migram temporariamente, portanto, penso que a tendência é de declínio no ensino presencial.



Onevox: Como o cenário se apresentava antes da pandemia?


Alfredo Freitas: O cenário estava em decréscimo de novos alunos nos Estados Unidos em decorrência da competição global por estudantes estrangeiros acarretando queda de matrículas em alguns países e crescimento em outros. Por exemplo, o Canadá estava recebendo mais novas matrículas de alunos estrangeiros nos últimos 5 anos e os Estados Unidos receberam um número menor em 2018/19 do que em 2015/16. Globalmente, no ano letivo de 2018/19, estudavam fora do país de residência 5,3 milhões de estudantes, dos quais 20% escolheram os Estados Unidos da América. No entanto, o número de 2019 foi de 270 mil novas matrículas versus 300 mil novas matrículas de estudantes internacionais nos EUA há 3 anos. Enquanto as matrículas presenciais de estudantes em tempo integral diminuíram, houve crescimento de matrículas de estudantes internacionais via internet em universidades americanas.



Onevox: O mercado de edtechs está quente no momento?

Alfredo Freitas: Sim. As edtechs estão ajudando as universidades presenciais e via internet a se tornarem melhores e mais focadas no contato entre estudante e docentes. De um lado, as edtechs aparentam uma ameaça para o ensino superior porque elas atuam como alternativas aos bacharelados, pós e mestrados tradicionais. Por outro lado, as edtechs também são grandes oportunidades para acelerar a qualidade e o alcance do ensino superior ajudando as universidades que fazem bom uso da tecnologia a concentrarem seus esforços nos aspectos educacionais para entregar profissionais bem formados ao mercado.


Onevox: Quais são as singularidades desse setor?


Alfredo Freitas: O setor de educação sofre grande regulação estatal, sendo um dos mais regulados. No fim das contas, essa singularidade acaba por dificultar as inovações no ensino básico e superior. Alguns países, mais adeptos às inovações, como EUA, Austrália e Inglaterra estão na frente na competição do mercado global de ensino superior.


Onevox: Esse desenvolvimento e o uso de tecnologias para potencializar a aprendizagem, está tendo um caráter revolucionário?


Alfredo Freitas: Sim, temos diversas revoluções acontecendo na educação neste momento e a tecnologia está sendo essencial para levar a boa formação às pessoas, eliminando a relevância da cidade de residência de cada indivíduo.
Por exemplo, profissionais que possuem limitação física ou até mesmo questões emocionais, ou de saúde mental podem se sair muito bem estudando via internet. Essas pessoas, em conjunto com pessoas que moram em regiões fora dos grandes centros em países continentais como EUA, Canadá, Austrália e Brasil, estão a um clique de realizar uma escolha adequada e ter contato com professores dedicados em universidades sérias do mundo inteiro. Essa revolução de levar a formação de excelência a todos os cantos do mundo está acontecendo diariamente e as empresas, universidades e governos estão trabalhando para ampliar o acesso à internet, o que é essencial para que a vida digital entregue também as oportunidades desse novo momento do ensino superior.


Onevox: O ensino via internet para intercâmbios será a grande tendência no mundo pós-Covid?

Alfredo Freitas: Certamente. O mundo pós-Covid terá competição global por profissionais porque muitas empresas estão contratando mais e mais pessoas para trabalhar remotamente e essa competição global e sem fronteiras por profissionais qualificados acarretará na busca por formação de excelência usando a internet.
No mundo pós-Covid, uma pessoa residente no interior de Minas ou do Maranhão poderá estudar nos EUA e trabalhar também remotamente para empresas de São Paulo ou do exterior. As fronteiras físicas para o estudo e o trabalho que estão sendo gradualmente eliminadas foram temporariamente destruídas pela pandemia e muitas delas não serão reconstruídas no pós-Covid.


Onevox: Quais outras tendências deverão surgir em sua visão?


Alfredo Freitas: A principal tendência que estou vendo é a interiorização do estudo e do trabalho. Muitas pessoas de cidades menores com melhor qualidade de vida e menor custo terão acesso a estudo e trabalho de grandes centros usando a internet. O desafio atual para essas pessoas é a qualificação adequada e elas estão começando a perceber que podem estudar e conquistar boa formação em universidades da Inglaterra, Austrália ou Estados Unidos da América sem mudar de cidade tampouco de país. O número de empresas que estão usando parcial e integralmente mão de obra anywhere office está aumentando a cada dia e muitas empresas não devem manter seus escritórios físicos em grandes centros mundiais como São Paulo, Miami, Nova York, Toronto ou São Francisco. Elas passaram a competir ao nível global por profissionais que também devem se preparar em universidades do mundo inteiro acessíveis pelo seu computador, tablet e celular.


Onevox: Haverá um endurecimento de regras para estudantes estrangeiros em países como os Estados Unidos?


Alfredo Freitas: Hoje, está inviável ingressar presencialmente em universidades dos EUA. Esse temporário endurecimento de regras para vistos deverá afetar a economia americana e também global, mas as universidades e os estudantes estão inovando e experimentando o contato via internet em boas universidades e proporciona uma forma mais adequada para um novo perfil de estudante internacional, o profissional adulto com família. Acredito que o declínio de estudantes internacionais nos EUA deverá seguir por alguns anos exceto se o Governo criar algum tipo de incentivo que beneficie a pessoa que está fisicamente nos EUA. Hoje, não temos nenhum indício de algo que vá explicitamente beneficiar apenas os estudantes que migram temporariamente, portanto, penso que a tendência é de declínio no presencial frente o crescimento no ensino virtual de pessoas de outros países nos Estados Unidos da América.


Onevox: Essas regras já estavam mais duras antes da pandemia?


Alfredo Freitas: As regras de comprovação de renda para residir e sustentar-se durante o tempo do estudo já estavam ficando mais duras nos últimos anos e agora tivemos essa singularidade do coronavírus que levou muitos a adiar planos ou replanejar para estudar via internet.


Onevox: Quanto o mercado de edtchs movimenta atualmente em todo mundo?


Alfredo Freitas: Globalmente, as edtechs já movimentaram mais de 75 bilhões de dólares em 2019 e tiveram grande crescimento em 2020. Algumas projeções já indicam mais de 400 bilhões de dólares em 2025 para o mercado global de edtech.


Onevox: A perspectiva para ano de 2025 é de investimentos na casa dos 350 bilhões de dólares para esse setor. Quanto desse investimento virá para o Brasil?


Alfredo Freitas: Difícil dizer quanto desse montante virá para o Brasil porque o mercado brasileiro é muito fechado e instável em relação a outros países. Hoje, o Brasil é um dos mais complexos países para negócios ficando na posição 124 entre 190 países segundo o Banco Mundial que lista do mais simples para o mais complexo país para se fazer negócios. Acredito que tudo dependerá de como o Brasil trabalhará a segurança jurídica para os contratos e também a sua abertura ao comércio internacional nos próximos anos. A simplificação para abrir empresas, realizar investimentos e contratar é essencial para captar recursos internacionais e precisamos ver se o Brasil caminhará para a simplificação e facilidade de negócios ou para a regulação, complexidade e insegurança dos contratos.





*Alfredo Freitas é pós-graduado em 'Project Management' pela Sheridan College no Canadá, graduado em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela Universidade de Brasília. O renomado profissional tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education (Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com histórico de revalidação de diplomas no Brasil.

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